sábado, 20 de fevereiro de 2010

Desvendando mitos sobre DOENÇAS GENGIVAIS

Esta postagem tem como fonte uma notícia da maior associação de periodontistas do planeta, a Academia Americana de Periodontia (AAP), possui informações bastante interessantes sobre o assunto.



Chicago - 18 de fevereiro de 2010. A Academia Americana de Periodontia estima que aproximadamente 3 de cada 4 pessoas sofrem de alguma forma de doença periodontal - de gengivite moderada às formas mais severas de periodontites. Entretanto, apesar da prevalência, aproximadamente 3% (somente!!) da população procura tratamento para seus problemas gengivo-periodontais. Com o aumento do número de pesquisas indicando que as doenças gengivais podem estar relacionadas com várias outras doenças incluindo diabetes, agravamento de algumas condições cardícas, dentre outras, manter os dentes e gengicas saudáveis é agora, mais importante que nunca.

De acordo com Samuel Low, professor da Universidade da Flórida e presidente da AAP, a discrepância entre a prevalência da doença periodontal e a falta de tratamento pode ter como causa a falta de entendimento dos efeitos das doenças gengivais na saúde geral. "Os pacientes não procuram o tratamento especializado que necessitam porque não sabe das perigosas implicações potenciais das doenças periodontais não tratadas" disse Dr. Low. E completa: "Infelizmente, existe uma grande variedade de mitos envolvendo as doenças gengiv-periodontais e suas repercussões."

Para auxílio em se distinguir entre fato e falácia relacionado a doenças periodontais, a AAP listou algumas concepções erradas sobr saúde oral:
1. Sangramento gengival é normal.
Gengivas avermelhadas, inchadas e sangrantes são um sinal importante de doença periodontal. Se você notar sangramento enquanto escova ou passa o fio dental, ou quanto come certos alimentos, você deveria marcar uma consulta com seu periodontista para avaliação de seu estado de saúde gengival. Estudos mostram que além da perda dental, a doença periodontal (ou mesmo a gengival) pode contribuir para a progressão de outras doenças, incluindo problemas cardíacos e diabetes, de modo que se torna importante começar o tratamento de doenças periodontais o mais rápido possível.

2. Não é necessário passar o fio dental todos os dias.
A rotina de cuidados orais, que inclui escovar os dentes após todas as refeições e antes de dormir, e passar o fio dental no mínimo uma vez ao dia, é o melhor caminho para se prevenir doenças gengivais. Todavia, uma pesquisa recente mostrou que apenas 13,5% dos americanos passam o fio dental todos os dias. É vital o uso do fio todos os dias e ter uma consulta de rotina para check-up ao menos duas vezes ao ano. Se a doença gengival ou periodontal for diagnosticada, a intervenção de um periodontista (que é o dentista especialista nesta área) pode ser benéfica.

3. A visita ao periodontista será assustadora.
Dentistas periodontistas são os especialistas em tratamentos gengivais. Eles receberam (em média) 2 anos de treinamento especializado e centrado em diagnóstico, tratamento e prevenções no campo da periodontia. Possuem equipamentos específicos e técnicas mais modernas aprovadas em trabalhos multi-cêntricos publicados em revistas internacionais qualis A. Enfim, de assustador só se tem o fato que a progressão de um eventual problema periodontal pode acabar no mínimo com a saúde oral do indivíduo, fora outras consequências.

4. A perda dental por problema periodontal não tem solução.
Em adultos a maior causa de perda dental é a doença periodontal (e para o dente perdido não há volta). Contudo, além de se tratar a doença, pode-se também prevenir que afete outras regiões da boca e mesmo contaminar outras pessoas por contato direto (isso mesmo, o problema periodontal pode ser contagioso). Ainda, no caso da perda dental pode-se prevenir uma perda óssea maior favorecendo a reabilitação da área com implantes osseointegrados, recuperando boa parte da morfofisiologia do local. Um implante é uma raiz artificial que é colocada dentro do osso dos maxilares. Os trabalhos mostram que os implantes possuem taxas de sucesso em média de até 98% e com cuidados apropriados, possibilitam ao paciente uma segurança para mastigação, estética e fonética. De fato, uma pesquisa feita pela AAP mostrou mais de 70% de aprovação no mínimo excelente com pacientes que possuem implantes dentais.
5. Uma higiene oral pobre é o único jeito de se contrair doença periodontal.
Negligenciar higiene oral certamente pode contribuir para a progressão de problemas gengivais, mas existe uma variedade de outros fatores que também aumentam o risco. Por exemplo, uso de tabaco aumenta bastante a chance de se desenvolver doenças gengivais. Estresse, dieta inadequada, hábitos e até a genética também possuem grande importância na saúde oral. Para determinar seu risco ao desenvolvimento de problemas gengivais, em breve colocaremos um questionário neste blog.

Para saber mais sobre periodontia, consulte seu especialista ou o site da AAP no http://www.perio.org/

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