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Photo by Anastasia Vityukova on Unsplash |
Após 20 anos de estudos, pesquisadores das faculdades de odontologia e farmácia da USP de Ribeirão Preto (SP) desenvolveram um gel para o tratamento da periodontite (doença das "gengivas").
Sem cura, a doença hoje geralmente é tratada com objetivo de controle e é preciso se submeter a consultas
periódicas. A nova medicação pode tornar a rotina mais fácil para os
pacientes, segundo o professor de odontologia Vinícius Pedrazzi, que
conduziu o desenvolvimento do gel.
A periodontite destrói os tecidos que dão suporte à arcada
dentária e pode fazer os dentes caírem.
O gel desenvolvido na USP não substitui por completo o tratamento
convencional, mas controla melhor a reprodução das bactérias e é mais
barato, afirma o professor. O princípio ativo é um antimicrobiano
chamado metronidazol, também usado para tratar infecções em outras
partes do corpo.
Assim que aplicado, o gel se solidifica, devido à temperatura da
cavidade bucal, de aproximadamente 38 graus. Aos poucos, as enzimas
presentes na saliva o fazem se dissolver e liberar o remédio de maneira
localizada.
"O princípio ativo dele, o sal, quando colocado dentro desse gel, vai
agir só no local doente, sem ter qualquer tipo de efeito colateral no
restante do organismo”, explica.
Em uma das últimas pesquisas realizadas, 92 pessoas receberam a
substância em um dos lados da gengiva, enquanto outros receberam um
composto diferente. No lado em que o gel foi aplicado, não houve
sangramento por seis meses, segundo Pedrazi.
A substância é utilizada por alunos da USP de Ribeirão Preto em
atendimentos a pacientes com casos severos de periodontite. O professor
avalia que o resultado tem sido positivo, mas o gel deve demorar de
cinco a dez anos para chegar às clínicas e ao sistema público de saúde,
pois outros estudos estão sendo feitos para deixar o produto mais
eficiente.
Comentário: apesar da promissora pesquisa do professor da USP, várias outras situações ainda deverão desafiar o novo método na busca do alívio no controle das periodontopatias como equilíbrio do sistema imunológico (que influencia no perfil da doença periodontal), variações de pH, entre outras. Portanto, mesmo sendo ótima notícia tal trabalho, é importante que o dentista continue exercendo um de seus principais papéis (muitas vezes esquecido), de orientar cada paciente, explicando sobre a própria situação para que seja mais efetivo o controle de tal comum mazela.
Consulte o dentista (periodontista) que use parte do tempo do atendimento para sua orientação, isto terá enorme reflexo em sua saúde bucal.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2019/05/05/usp-de-ribeirao-preto-desenvolve-gel-contra-doenca-associada-a-inflamacao-da-gengiva-e-queda-de-dentes.ghtml
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