sábado, 26 de outubro de 2013

Periimplantite - Considerações

   A implantodontia tem sido um excelente recurso na reabilitação de áreas edêntulas. Traz funcionalidade e estética em muitos casos devolvendo qualidade de mastigação aos, como bem definidos pelo Prof. Dr. Branemark (pai da implantodontia moderna), inválidos orais.


  Entretanto, assim como todo tratamento odontológico, a instalação de implantes necessita de criteriosa avaliação para correta indicação. Apesar de ser excelente, não é, naturalmente, panaceia. Infelizmente assistimos hoje em nosso meio, grande quantidade de implantes instalados em pacientes que não possuem condição local ou sistêmica de receber tal tipo de tratamento. Para piorar, muitas vezes o implante até que se osseointegra. Explico, paciente recebe implantes que parecem ter sido bem sucedidos mas que em pouco tempo de uso começa a apresentar algum tipo de patologia. Muitas vezes houve negligência na correta indicação. Tanto que o Prof. Dr. Lindhe alertou há alguns anos que estamos em um provável era onde teremos um tsunami de periimplantites.
 A periimplantite é uma condição análoga a periodontite, que significa perda óssea de sustentação do dente. E existe um agravante e é sobre isso que se trata a conclusão deste pequeno texto: Devido a diversos fatores inerentes a este problema em implantodontia (e que tende a aumentar devido a profissionais pouco "profissionais") temos as seguintes conclusões para a atualidade:
1 - Não existe um protocolo aceito e estabelecido como seguro para o tratamento da periimplantite;
2 - Para o tratamento, descontaminação e desintoxicação da região e superfície do implante é necessária, porém é difícil e incerto que isto ocorra;
3 - Além do mais, a alteração da superfície do implante, durante o tratamento, tem levado a uma não re-osseointegração do implante (ou muito pouca re-osseointegração);
4 - Uma revisão Cochrane mostrou que não há cura e sim, quando possível, somente controle da periimplantite e que a manutenção da saúde pós tratamento periimplantar é sensível, frágil e depende muito de acompanhamento profissional próximo e colaboração do paciente.

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